Verifica-se frequentemente que os utilizadores se focalizam demasiado na pontuação, principalmente quando esta se situa nos níveis mais baixos. Antes de mais é necessário perceber que a pontuação é instrumental, ou seja, permite-nos visualizar a situação da organização nas diferentes áreas da gestão organizacional (critérios), devendo considerar-se que a não obtenção de uma pontuação máxima apenas significa que existem áreas onde é necessário intervir e melhorar. O resultado mais importante da auto-avaliação é identificar essas áreas de melhoria e apontar caminhos para a excelência do desempenho.

A pontuação incide no diagnóstico do presente (pontos fortes e áreas de melhoria).

A estrutura básica com 9 critérios e respectivos subcritérios deve ser respeitada. Nesta perspectiva deve-se considerar que cada subcritério tem a sua relevância na visão holística da organização e devem por isso ser tidos em consideração.

Não. A finalidade dos exemplos é ajudar a organização a encontrar elementos relevantes para a auto-avaliação. Foram criados para servir como fonte da inspiração para as equipas identificarem na organização a existência ou não de boas práticas (nos critérios 1 a 5) e a existência ou não de resultados avaliados (nos critérios 6 a 9). Nos critérios de meios contribuem ainda para orientar as organizações a desenvolverem os seus processos de acordo com o ciclo PDCA, razão pela qual alguns exemplos estão directamente relacionados com o planeamento, outros com a execução e outros ainda com a revisão e ajuste das acções.

Não há opções correctas e incorrectas, é uma escolha da organização que deve ser feita na fase do planeamento do projecto. A opção por um ou outro sistema prende-se essencialmente com a experiência prévia da organização neste tipo de projectos e com o grau de profundidade da informação que pretende alcançar com a pontuação.

O sistema avançado está mais adequado a organizações que já têm alguma experiência nesta área, bem como permite mais informação sobre o posicionamento da organização quanto ao ciclo PDCA (Critérios de Meios), metas e tendências (Critérios de Resultados). Ou seja, permite “localizar” as acções da organização em todas as fases do ciclo PDCA, o que exige uma análise mais detalhada e assim mais investimento por parte da equipa (“input”), por outro lado fornece mais output, mais informação sobre as melhorias a introduzir.

O sistema de pontuação clássico implica uma análise mais simples da realidade, resultando a pontuação de uma análise global dos resultados apurados, pelo que está mais adequado às organizações que pela primeira vez vão aplicar a CAF.

Este sistema é também mais limitado uma vez que analisa as acções através da lógica do PDCA, contudo, de forma cumulativa, ou seja, a fase anterior tem de estar cumprida para poder ser considerada na análise a fase seguinte, não permitindo, por exemplo, que a organização valorize práticas implementadas se estas não tiverem sido planeadas. O sistema avançado permite pontuar todas as acções em todas as fases do PDCA, o que é mais próximo da realidade em que domina a fase da implementação - exige da equipa uma análise mais fina.

Não. Apenas se aplica aos Critérios de Meios (1 a 5).

Em função das acções realizadas relativamente ao que está descrito no enunciado de cada fase do PDCA (Planeamento, Execução, Revisão e Verificação). E o contributo destas acções para as áreas relevantes (objectivos) do subcritério.

Sim. Quando tem acções excelentes relacionadas com todas as áreas pode dar a pontuação máxima da escala anterior (90). Só pode pontuar a partir de 91 quando estas acções excelentes são comparadas com outras organizações.

Depende do sistema de pontuação que escolher. Se escolher o sistema de pontuação clássico é feita uma apreciação global que deve ter em conta os dois factores (tendência e cumprimento de metas). A pontuação deve reflectir a inexistência de resultados de um dos factores, por exemplo pontuando no limite inferior do intervalo em que se encontram os resultados apurados.

No caso do sistema de pontuação avançado tem obrigatoriamente de pontuar a tendência dos resultados e o alcance das metas. Se não houver resultados avaliados que permitam fazer comparações, ou informação para conhecer o grau de cumprimento de metas pontuam-se estes factores com zero, o que contribuíra para baixar a média global, forçando as organizações a investir mais no factor menos valorizado.