Testemunhos

Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação

O Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação implementa a sua autoavaliação, como processo estruturado e com equipa definida formalmente, há mais de dez anos.  Sempre considerámos a autoavaliação um exercício coletivo que motiva a interrogação e a reflexão sobre que escola temos e que escola queremos. Desta forma, o processo de autoavaliação tem ajudado a tomar decisões. Ao mesmo tempo, enriquece e complementa a avaliação externa.

Optámos como modelo de autoavaliação, a CAF - Commom Assessment Framework (Estrutura Comum de Avaliação) e já o implementámos em dois momentos anteriores, 2008 e 2012, coincidindo com o final de cada mandato de diretor. Este ano, a Diretora tomou a decisão de realizar mais um processo de autoavaliação, dando todo o apoio à equipa e ajudando na divulgação.

A Equipa de Autoavaliação nuclear, que reúne duas vezes por semana, é composta por docentes, mas, no seu formato mais alargado, engloba a participação de docentes, encarregados de educação, alunos, pessoal não docente. Tem a missão de proceder à avaliação de um enorme conjunto de aspetos relacionados com o funcionamento e com os resultados do Agrupamento.  A Equipa de Autoavaliação alargada reúne uma vez por período com o objetivo essencial de tomar conhecimento do plano de trabalho da equipa restrita, de acompanhar os trabalhos realizados, de refletir sobre os assuntos e dar pareceres. Englobando todos os elementos da comunidade educativa, a Equipa de Autoavaliação alargada é um mecanismo importante para divulgar e trabalhar a missão da autoavaliação.

A preparação deste processo de autoavaliação obrigou a anunciar e a preparar toda a comunidade escolar: reuniões, distribuição de folhetos informativos sobre a CAF, divulgação junto dos alunos em sala de aula através de circular informativa, informação junto dos delegados de turma através de reunião marcada para o efeito, informação aos pais e a instituições do meio. Todos os órgãos de gestão tiveram conhecimento do documento preparativo com todas as indicações, calendarizações e forma de aplicação. Foram aferidos os procedimentos de acordo com as orientações do modelo da CAF.

Para a aplicação do processo de autoavaliação, a Equipa desenvolveu entrevistas formais e informais a vários agentes educativos, analisou documentação estruturante do funcionamento do Agrupamento, analisou atas e planos das estruturas intermédias e das estruturas de acompanhamento educativo, e construiu um conjunto vasto e alargado de inquéritos e questionários dirigido a docentes, funcionários, alunos, encarregados de educação, membros do Conselho Geral, e empresas e instituições da região. Os inquéritos ou questionários funcionaram não só para avaliar o grau de satisfação em relação ao Agrupamento, a perceção em relação ao Agrupamento nas suas várias dinâmicas, como também para recolher evidências e factos sensíveis sobre os vários aspetos referentes aos critérios da CAF. Este método pareceu-nos bastante útil dado que conseguimos recolher bastantes elementos fundamentais na ótica da autoavaliação. Por outro lado, implicou-se a maior parte dos vários agentes educativos neste exercício de refletir sobre o funcionamento e o trabalho do Agrupamento.

A Equipa de Autoavaliação, nas suas reuniões semanais, analisou o produto de toda essa documentação produzida: resultados dos inquéritos, informação dos questionários, verificação documental, entrevistas... e, num grande trabalho de análise e reflexão, foi-se construindo as fichas e as grelhas de cada critério, evoluindo no plano de trabalho.

Neste momento, e depois de concluído o processo e de ter sido elaborado o Relatório de Autoavaliação segundo o modelo CAF, estamos em fase de divulgação dos resultados e de comunicação à comunidade. O relatório foi enviado a todos os elementos da equipa alargada, ao pessoal docente e não docente, às estruturas de orientação educativa e órgãos de gestão. Como forma de simplificação, criámos um flyer resumo do relatório, de maneira a que todos possam ter conhecimento dos resultados.

Considerámos o processo positivo, apesar de, como constrangimentos, verificarmos resistências a mudanças e algum desinteresse no envolvimento, sobretudo dos docentes. Exigiu constante apelo e sensibilização.

Segue-se o passo de construir o Plano de Melhorias. Uma vez que pretendemos implicar a comunidade escolar nas várias ações de melhoria, a responsabilidade da aplicação das medidas será repartida por vários departamentos, núcleos e clubes do Agrupamento. Pretende-se criar uma verdadeira cultura de autoavaliação no Agrupamento, e imprimir um processo de melhoria com vista à excelência dos serviços.

A Equipa de Autoavaliação do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação existe e trabalha já há vários anos num conjunto diversificado de tarefas. Além da missão de proceder à autoavaliação segundo o modelo CAF, num período mais ou menos de quatro em quatro anos, assume o trabalho de proceder à avaliação do Projeto Educativo, à avaliação do Plano de Atividades e realizar igualmente vários trabalhos de análise, reflexão, e estudo sobre determinados setores de áreas do Agrupamento (por exemplo, sobre os apoios educativos, sobre os transportes escolares, sobre os serviços sociais,...). Além desses trabalhos de estudos, com a consequente elaboração de relatório e sugestões de melhorias, a Equipa de Autoavaliação também produz guiões e documentos de apoio aos processos de autoavaliação dos departamentos curriculares ou para ajudar os encarregados de educação a fazer um melhor acompanhamento dos seus educandos.

Estamos cientes de que uma cultura de autoavaliação traz visíveis melhorias para o funcionamento de uma Escola.

Equipa de Autoavaliação do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação, 2017